quarta-feira, 9 de março de 2011

Avaliação Educacional: Culpada ou Inocente?

A avaliação apresenta uma importância social e política fundamental no fazer educativo vinculando-se a ideia de qualidade. Não como evitar a necessidade de avaliação de conhecimentos, muito embora se possa torná-Ia eficaz naquilo que se propõe: a melhoria de todo o processo educativo. Avaliar qualitativamente significa um julgamento mais global e intenso, no qual o aluno é observado como um ser integral, colocado em determinada situação.

Tendo sido alvo de grandes discussões, a avaliação nos proporcionou mais essa para acrescentar a listagem de tantas outras. O júri simulado viabilizou a oportunidade de ver a avaliação na ótica daqueles que foram os protagonistas (os alunos) e estes deram grandes contribuições às discussões surgidas.

Acredita-se que o grande desafio para construir novos caminhos, segundo Ramos (2001), uma avaliação com critérios de entendimento reflexivo, conectado, compartilhado e automatizado no processo ensino-aprendizagem. Dessa forma estaremos formando cidadãos conscientes, críticos, criativos, solidários e autônomos.

A turma 2008.2 apresentou o júri da seguinte forma: todos os personagens estavam caracterizados a rigor, conforme as fotos no CD em anexo e dentre os personagens destacaram-se: juíza, promotora, advogada de defesa e o restante da turma eram os jurados.

A experiência de lançar uma proposta dessas requer um elevadíssimo grau de responsabilidade, mas os frutos do trabalho compensam tudo.

A turma apresentou um nível elevado de maturidade/ pois todos assumiram seus papéis com compromisso e deram grandes contribuições. Os critérios de escolha sobre quem ia defender ou acusar foi decidido dias antes através de dinâmica de sorteio. Vale salientar que todos assumiram seus papéis com muita veemência.

Nesse sentido, Perrenoud (1993) afirma que mudar a avaliação significa provavelmente mudar a escola. Automaticamente, mudar a prática da avaliação nos leva a alterar práticas habituais, criando inseguranças e angústias e este é um obstáculo que não pode ser negado, pois envolverá toda comunidade escolar. Se as nossas metas são educação e transformação, não nos resta outra alternativa senão juntos pensar uma nova forma de avaliação, romper paradigmas, mudar nossa concepção, mudar as nossas práticas e construir um novo modelo de educação.

Enfim, o júri trouxe grandes contribuições até em relação à maturidade apresentada pela turma utilizando-se de uma linguagem científica relacionando-a com a prática.

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